Apesar de o idioma ser apontado pelos
taxistas como principal melhoria na capacitação, 71,2%
A língua
estrangeira não é o forte dos motoristas de táxi de São Paulo. A chance de um
turista que fale inglês se comunicar em sua língua com um taxista na cidade é
de 14,7%. E 71,2% dos motoristas não falam nenhum idioma além do português.
Para
suprir essa deficiência, a São Paulo Turismo (SPTuris) pretende oferecer cursos
de idioma aos taxistas da cidade, assim como vem fazendo com funcionários do
Mercado Municipal, na região central, e com guardas-civis metropolitanos
(GCMs).
O segundo
idioma mais falado pelos motoristas é o espanhol, com 9,2%, seguido por japonês
(1,3%) e francês (1,1%). Na sequência, vem uma série de línguas com menos de 1%
do total, que inclui tupi, grego e árabe.
O idioma é
apontado por 67,5% dos taxistas como a principal melhoria na capacitação. Em
segundo lugar, 11,7% gostariam de entender mais de gestão de negócios.
O diretor
da SPTuris, Luiz Sales, afirma que o órgão vem desenvolvendo outros programas,
como o Capa Cidade, em que mil taxistas tiveram aulas sobre vários aspectos da
capital paulista e da profissão. "Alguns gostaram tanto que acharam que
deveria ser obrigatório", afirma Sales.
Segundo
ele, porém, uma das dificuldades de incluir os motoristas nesses programas é
causada pelo fato de eles trabalharem durante muitas horas por dia.
De acordo
com a pesquisa, 53,3% dos taxistas têm ensino médio - 10,8% têm ensino superior
completo e apenas 9,5% completaram a etapa básica da escola.
Escassez.
O diretor da SPTuris reconhece que paulistanos e turistas enfrentam problemas
na hora de conseguir táxis na cidade. Segundo ele, o problema pode ser causado
mais pela distribuição desigual dos taxistas no território da cidade do que
pela quantidade de motoristas disponíveis. "Alguns têm uma atuação muito
regionalizada em determinadas áreas da cidade. E às vezes acaba tendo essa
falta durante grandes eventos", diz.
De acordo
com ele, devem ser emitidos mais 1.400 alvarás nos próximos dois anos. E uma
das saídas para esse problema - aponta Sales - é o cadastramento de taxistas
para atuarem nos grandes eventos da capital, como já acontece na época do
carnaval.
Eventos.
Para 38% dos taxistas da capital, o Grande Prêmio de Fórmula 1 é considerado o
megaevento mais importante da capital. Em seguida, estão as feiras (23,1%) e os
shows (14,9%).
A
esperança de 33% dos profissionais da categoria é que a Copa do Mundo de 2014
melhore sua rotina - 22,2% deles acreditam que o evento melhorará "um
pouco".
Fonte: estadao.com.br
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