Com
o desenvolvimento tecnológico, cursos a distância se tornam opção cada vez mais
viável e democrática para disseminar o aprendizado entre os 44,7 milhões de
usuários residenciais ativos de internet no Brasil.
De
acordo com André Marquês, diretor-geral da escola on-line de idiomas
Englishtown, a popularização da internet e o aumento da confiança dos usuários
contribuíram para o crescimento acelerado no número de alunos. "Crescemos
50% por ano nos últimos cinco anos. Hoje temos 150 mil alunos no país."
A
Associação Brasileira de Educação à Distância não possui dados sobre a oferta
de ensino de idiomas a distância. "Em uma consulta rápida na internet é
possível encontrar mais de 40 ofertas, entre as gratuitas e as pagas", diz
Renato Bulcão, da Comissão de Ética da associação. As mensalidades variam de R$
60 a R$ 200 por mês.
Para
Piri Szabo, gerente da Pearson, empresa que edita material didático, o mercado
está muito aquecido. "As
instituições educacionais estão investindo em cursos com diferentes formatos,
plataformas e metodologias."
Um
exemplo dessa tendência de ensino foi o programa Inglês sem Fronteiras, lançado
pelo MEC (Ministério da Educação) em dezembro do ano passado. O programa é
voltado para a oferta de cursos de língua inglesa a estudantes candidatos do
programa público de intercâmbio universitário Ciência sem Fronteiras. Até 2014,
cerca de 500 mil alunos de ensino superior devem ser atendidos.
De
acordo com Szabo, os jovens são os que mais buscam cursos a distância. Apesar
do avanço, as escolas à distância têm alto índice de evasão. "Porque [o
curso] está sempre disponível, a pessoa pode acabar relaxando. A grande
limitação do aprendizado está na disciplina", diz Pupo Neto, da escola
on-line Open English.
ALTERNATIVA
Para quem tem resistência em relação às aulas exclusivamente on-line, existe a opção de cursos semi presenciais. O analista de investimentos Gabriel De La Rocha, 25, sempre foi fascinado pela cultura da eficiência alemã e acabou escolhendo o alemão como o terceiro idioma estrangeiro -ele já tinha estudado inglês e espanhol.
Para quem tem resistência em relação às aulas exclusivamente on-line, existe a opção de cursos semi presenciais. O analista de investimentos Gabriel De La Rocha, 25, sempre foi fascinado pela cultura da eficiência alemã e acabou escolhendo o alemão como o terceiro idioma estrangeiro -ele já tinha estudado inglês e espanhol.
Por
causa da falta de horários disponíveis para ir à escola, optou pelo curso
semi presencial do Instituto Goethe. Por semestre, tem oito aulas presenciais,
aos sábados à tarde. "Nas aulas presenciais a gente podia praticar melhor
a dicção e a agilidade de pensamento."
Em
seis meses, ele diz ter conseguido aprender o equivalente a um ano de conteúdo
de aula presencial. "Acabou
saindo mais barato", diz o analista. Nas férias deste ano, planeja ir à
Oktoberfest, em Munique.
Fonte: Folha de São Paulo
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