Pesquisa mostrou que notas são mais altas na medida em que
jovens jogam mais horas.
Um estudo da Universidade de Helsinque, na Finlândia, revela que
os estudantes finlandeses de ensino médio que jogam videogame com frequência
têm melhor nível de inglês do que os que jogam pouco ou nunca, informou nesta
terça-feira (8) a TV pública finlandesa YLE.
O estudo, que analisa a relação entre os hábitos lúdicos e o
rendimento acadêmico de 500 jovens do país, mostra que os estudantes tiram
notas mais altas em inglês proporcionalmente ao número de horas que jogam
videogame semanalmente: mais horas, melhores notas.
Pelo relatório, os alunos do ensino médio que ficam ao menos 15
horas semanais têm uma nota média em inglês de 8,79 pontos (de no máximo de
dez), enquanto os que não jogam tiram 7,28.
Por gênero, os meninos entre 16 e 18 anos conseguem notas mais
altas do que as meninas, já que, em geral, jogam muito mais do que elas.
O videogame que mais contribui com o aumento do nível
de inglês é o que o jogador assume um papel, assim como os de aventura.
Somam-se a esses os que permitem jogar on-line com jovens de outros países, já
que a comunicação costuma ser em inglês.
O favorito entre os estudantes finlandeses é o World of
Warcraft, criado por Blizzard Entertainment em 2004 e que já conta com mais
de 12 milhões de usuários no mundo todo.
Sanna-Kaisa Tanskanen, catedrática de inglês da Universidade de
Helsinque, falou sobre o estudo.
- A relação entre os videogames e as notas escolares é tão
indiscutível que é importante reconhecer sua importância na hora de aprender
idiomas. Atualmente, os professores usam a internet para mostrar material
aos alunos, como por exemplo, vídeos no YouTube, mas é algo passivo. Seria
preciso incentivar o uso ativo do videogame entre todos os alunos,
principalmente para as meninas que não jogam fora de aula.
Para Sanna-Kaisa, são recomendáveis os jogos on-line entre
vários jogadores, já que os mesmos permitem que os jovens usem sempre o inglês,
o que é fundamental para a aprendizagem de uma língua estrangeira.
Fonte: www.estadao.com.br
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