segunda-feira, 30 de junho de 2014

APRENDER INGLÊS COM PROFESSOR NATIVO É MELHOR?

O segredo para o aprendizado em Inglês está na motivação



O que vocês diriam se eu lhe pedisse agora para me explicar todos os usos da crase? Assustaram?!? O simples fato de morar no Brasil e ser fluente em português não significa ser ou estar pronto para dar aula. Da mesma forma, como podemos presumir que um falante nativo terá completo domínio da própria língua materna e estará preparado para ensiná-la a qualquer momento?


Existem professores nativos que não têm a mínima noção de didática, bem como brasileiros que não têm domínio do idioma e nem intimidade com ensino. A questão não é tanto se o professor é nativo ou não, mas se ele tem uma ótima competência linguística e cultural, se ele está qualificado para ensinar línguas estrangeiras para estrangeiros e se ele possui determinadas características de personalidade e habilidades psicológicas imprescindíveis para ser um bom educador.


Mito #1: Ter professor nativo vai fazer diferença.

Falar inglês fluentemente não é o suficiente para ser professor de língua inglesa. Morar em um país de língua inglesa por algum tempo também não é prova de que a pessoa é professor de língua inglesa. Tudo mundo concorda que a vantagem do nativo é que ele sabe falar o idioma fluentemente, porém isso não significa que ele necessariamente saiba como transmitir seus conhecimentos aos alunos. Como ele poderá entender as suas dificuldades e te ajudar de forma eficaz sem um mínimo conhecimento de didática, pedagogia, linguística comparada e das mais modernas abordagens de ensino e aprendizagem das línguas estrangeiras? 



Mito #2: Ter professor nativo me ajudará a ter uma pronúncia perfeita sem sotaque.


Espera aí! Não estou entendendo. Por que um professor não nativo não poderia desenvolver uma boa pronúncia e um estudante sim? Se fosse tão fácil falar sem sotaque, me explique por que o próprio professor nativo não consegue falar português sem sotaque? Não é um paradoxo? Além disso, os professores não nativos já passaram pelo esforço de aprender o idioma e sabem se colocar no lugar do aluno com mais facilidade. Sabem te ensinar como posicionar a sua língua ou usar as suas cordas vogais para conseguir um determinado som. 


Às vezes, para um aluno iniciante é até melhor ter um professor brasileiro que tenha uma visão clara dos contrastes entre os dois idiomas do mesmo ponto de vista que o aluno. De fato, é só na fase avançada que possa ficar interessante ter aula com um nativo para dar aquele pulo de qualidade e aprimorar o seu conhecimento. Mas lembra-se: aprender a pronúncia é sim importante, mas se comunicar é muito mais. Não desista do inglês por causa do ‘th’. Inglês não se resume a isso! 



Mito #3: Ter professor nativo vai acelerar o meu aprendizado.


Ao contrário do que a grande maioria das pessoas acredita o simples fato do professor ser nativo não vai ser determinante para economizar tempo de estudo. Falar a mesma língua do aluno pode até ajudar e muito na hora de resolver determinados problemas relacionados à gramática, vocabulário ou uso da língua de modo geral. Mas se realmente você quer ter sucesso o que realmente importa é a sua motivação e perseverança. Não existem milagres, é preciso ter uma certa dedicação e disciplina. Mas vale a pena, o sacrifício será bem recompensado! Com o tempo as suas dificuldades vão diminuindo, você ganhará mais confiança e, certamente, desenvolverá a fluência que você tanto deseja.


No final das contas, o que importa não é se o professor for nativo ou não, quais livros ou métodos ele usa, mas se você se sente apoiado e motivado para aprender. A verdadeira questão é: seu professor está apenas lhe dando peixes ou ele está lhe ensinando a pescar?!?

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por: Elisa Trentini 


Fonte: www.portaleducacao.com.br


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