O segredo para o aprendizado em Inglês está na
motivação
O que vocês diriam se eu lhe pedisse agora para me
explicar todos os usos da crase? Assustaram?!? O simples fato de morar no
Brasil e ser fluente em português não significa ser ou estar pronto para dar
aula. Da mesma forma, como podemos presumir que um falante nativo terá completo
domínio da própria língua materna e estará preparado para ensiná-la a qualquer
momento?
Existem professores nativos que não têm a mínima noção de didática, bem como
brasileiros que não têm domínio do idioma e nem intimidade com ensino. A
questão não é tanto se o professor é nativo ou não, mas se ele tem uma ótima
competência linguística e cultural, se ele está qualificado para ensinar
línguas estrangeiras para estrangeiros e se ele possui determinadas
características de personalidade e habilidades psicológicas imprescindíveis
para ser um bom educador.
Mito #1: Ter professor nativo vai fazer diferença.
Falar inglês fluentemente não é o suficiente para ser professor de língua
inglesa. Morar em um país de língua inglesa por algum tempo também não é prova
de que a pessoa é professor de língua inglesa. Tudo mundo concorda que a vantagem
do nativo é que ele sabe falar o idioma fluentemente, porém isso não significa
que ele necessariamente saiba como transmitir seus conhecimentos aos alunos.
Como ele poderá entender as suas dificuldades e te ajudar de forma eficaz sem
um mínimo conhecimento de didática, pedagogia, linguística comparada e das mais
modernas abordagens de ensino e aprendizagem das línguas estrangeiras?
Mito #2: Ter professor nativo me ajudará a ter uma pronúncia perfeita sem
sotaque.
Espera aí! Não estou entendendo. Por que um professor não nativo não poderia
desenvolver uma boa pronúncia e um estudante sim? Se fosse tão fácil falar sem
sotaque, me explique por que o próprio professor nativo não consegue falar
português sem sotaque? Não é um paradoxo? Além disso, os professores não
nativos já passaram pelo esforço de aprender o idioma e sabem se colocar no
lugar do aluno com mais facilidade. Sabem te ensinar como posicionar a sua
língua ou usar as suas cordas vogais para conseguir um determinado som.
Às vezes, para um aluno iniciante é até melhor ter um professor brasileiro que
tenha uma visão clara dos contrastes entre os dois idiomas do mesmo ponto de
vista que o aluno. De fato, é só na fase avançada que possa ficar interessante
ter aula com um nativo para dar aquele pulo de qualidade e aprimorar o seu
conhecimento. Mas lembra-se: aprender a pronúncia é sim importante, mas se
comunicar é muito mais. Não desista do inglês por causa do ‘th’. Inglês não se
resume a isso!
Mito #3: Ter professor nativo vai acelerar o meu aprendizado.
Ao contrário do que a grande maioria das pessoas acredita o simples fato do
professor ser nativo não vai ser determinante para economizar tempo de estudo.
Falar a mesma língua do aluno pode até ajudar e muito na hora de resolver
determinados problemas relacionados à gramática, vocabulário ou uso da língua
de modo geral. Mas se realmente você quer ter sucesso o que realmente importa é
a sua motivação e perseverança. Não existem milagres, é preciso ter uma certa
dedicação e disciplina. Mas vale a pena, o sacrifício será bem recompensado!
Com o tempo as suas dificuldades vão diminuindo, você ganhará mais confiança e,
certamente, desenvolverá a fluência que você tanto deseja.
No final das contas, o que importa não é se o professor for nativo ou não,
quais livros ou métodos ele usa, mas se você se sente apoiado e motivado para
aprender. A verdadeira questão é: seu professor está apenas lhe dando peixes ou
ele está lhe ensinando a pescar?!?
por: Elisa Trentini
Fonte: www.portaleducacao.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário