A
cena está ficando cada vez mais comum nos processos de contratação: o candidato
a uma vaga atende ao telefone e, do outro lado da linha, escuta uma frase em
inglês. Não se trata de interurbano. É o profissional do departamento de
seleção de uma grande empresa que aproveita o primeiro contato para já colocar
à prova a fluência do candidato no idioma. “Se a pessoa for incapaz de
entabular um dialogo rápido, será desclassificada antes mesmo da primeira
entrevista pessoal”, afirma o consultor João Rodrigues Canadá Filho,
vice-presidente do Grupo Foco, empresa paulista especializada em recrutamento.
Nessa hora, não adianta mentir, enrolar ou prometer que o tempo perdido pode
ser recuperado.
Aos poucos, a lei de seleção natural do mercado vai deixando
para trás os profissionais que só sabem se expressar em português. Caso ainda
exista alguma duvida em relação a isso, basta olhar o que dizem as pesquisas
mais recentes realizadas a respeito da importância do inglês na carreira:
–
Metade dos empregos hoje exige que os candidatos falem o idioma, segundo
levantamento do site Bumeran.com, um dos maiores serviços de recrutamento da internet.
– De
acordo com um estudo do Grupo Catho, outra empresa especializada em colocação
profissional, os anos de experiência pesam menos que o inglês como fator de
aumento de salário.
– Um
dos pontos em comum entre os universitários mais bem sucedidos dos exames do
Provão é o bom domínio do inglês, de acordo com um trabalho divulgado na semana
passada pelo Ministério da Educação.
O fenômeno
da globalização colocou definitivamente o inglês na relação de ferramentas
básicas da maioria dos profissionais. “Num futuro não muito distante, um
profissional sem inglês será considerado semi-alfabetizado no mercado", afirma
Ricardo Schütz, que presta consultoria pedagógica de idiomas para grandes
companhias.
No
momento da admissão, as empresas costumam aplicar testes orais e escritos para
checar o conhecimento dos candidatos nessa área. Até nos cargos hierárquicos
médios, como os de gerente, por exemplo, o que as companhias desejam são
pessoas capazes de se comunicar com razoável fluência no idioma. Ou seja,
alguém que possa conversar ao telefone com um cliente estrangeiro, pesquisar na
internet, ler manuais e trocar e-mails curtos em inglês, entre outras
situações. Isso não significa que não seja preciso investir sempre para evoluir
no domínio da língua.
O grau de exigência cresce à medida que o profissional
sobe alguns degraus na hierarquia da empresa. Nos postos de diretoria, os
executivos precisam ser capazes de participar de longas reuniões ou apresentar
palestras em inglês, tarefas que exigem pronúncia correta, para não dizer
impecável, e completo domínio gramatical.
Fonte:
frankherles.wordpress.com
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