sexta-feira, 27 de abril de 2012

Cursos no Exterior: a Importância do Idioma Inglês



Bolsas no exterior: confira dicas para concorrer às vagas


Com a criação do programa Ciência sem Fronteiras, devem ser concedidas, até 2015, cerca de 75 mil bolsas no exterior para alunos de graduação, pós-graduação e pós-doutorado do País inteiro. As vagas serão para áreas como ciências exatas, biológicas, do mar e da computação - sem previsão para cursos de ciências humanas e sociais. Antes de preencher a inscrição para um programa como esse, o estudante com bom currículo e fluência em um segundo idioma já ganha alguns pontos na disputa.





"O programa foi criado justamente para divulgar o incentivo em áreas como a tecnologia, por isso o foco na indústria criativa, por exemplo, voltada para produtos e processos de inovação tecnológica", destaca Emerson Willer, coordenador substituto da coordenação bilateral do CNPq, uma das agências responsáveis pela concessão de bolsas do programa.

Com inscrições abertas até o dia 30 de abril para as bolsas de graduação e 28 de maio para o cronograma 2 de bolsas de pós-graduação e pós-doutorado (as do cronograma 1 encerraram-se em fevereiro), o programa oferece benefícios como passagens para o destino de estudo, auxílio-instalação e seguro saúde, além da mensalidade da bolsa em si.

"A experiência de mandar estudantes de graduação para o exterior é nova para as agências de fomento, e como a meta do Ciência sem Fronteiras é grande, elas vão ter que testar as melhores formas de avaliação ao longo do tempo, conforme vão ganhando experiência e criando indicadores", ressalta Isaac Roitman, ex-decano de pesquisa e pós-graduação da Universidade de Brasília (UnB) e professor de biologia aposentado da mesma instituição. Apesar disso, existem algumas informações que podem fazer a diferença na hora de concorrer a uma bolsa do programa e esclarecer dúvidas. Confira a seguir.



Escolha o país onde quer estudar

Para inscrever-se no Ciência sem Fronteiras, os interessados devem ir ao site do programa (http://www.cienciasemfronteiras.gov.br/web/csf/home), e escolher, entre os sete países parceiros, aquele em que desejam estudar. Os possíveis destinos são Canadá, Austrália, Bélgica, Portugal, Espanha, Coreia do Sul e Holanda.

"As chamadas são feitas por países: apenas a Holanda permite que o aluno escolha a universidade pela qual quer pleitear a bolsa, é uma questão de política adotada pelo parceiro. O governo holandês achou melhor que o estudante pudesse escolher a instituição, já os demais países resolveram adotar outro método", esclarece Emerson Willer, coordenador substituto da coordenação bilateral do CNPq.´


Atualize o seu currículo

Isaac Roitman elenca pontos privilegiados pelas agências que concedem as bolsas na hora de escolher os candidatos mais qualificados para as vagas. "Há uma série de pré-requisitos que fazem diferença na hora da bolsa ser concedida, como o histórico escolar do aluno. Como esse estudante se comporta durante o curso faz uma grande diferença, e também é muito importante a participação nos programas de iniciação científica desenvolvidos pelas universidades. Se o estudante não fez iniciação científica, mas estagiou em instituições de renome ou realizou cursos de aperfeiçoamento, também pode ser favorecido na hora de pleitear a bolsa", destaca.



Conheça o idioma do seu destino

Uma das dúvidas mais frequentes entre os estudantes que desejam estudar no exterior é sobre a necessidade de falar o inglês ou uma outra língua estrangeira. Segundo Emerson Willer, de uma forma geral, a fluência em inglês aumenta bastante as chances de o aluno conseguir a bolsa do Ciência sem Fronteiras, já que a maioria dos países conveniados com o programa, exceto os que falam inglês, não exigem necessariamente fluência em suas línguas oficiais.

"Países como Holanda e Coreia do Sul exigem apenas a fluência no inglês, mas conhecer a língua do país de destino também é um diferencial, claro. Entretanto, é muito importante que os alunos tenham o comprovante de proficiência em inglês, que não é exigido apenas por Espanha e Portugal", detalha.

Aqueles que desejam concorrer a uma bolsa no Canadá ou na Bélgica, atenção. Para o primeiro, é exigido o inglês ou o francês. Na Bélgica, as instituições francófonas têm o francês como língua obrigatória, e as instituições flamengas exigem a fluência em inglês.



Acompanhe o processo de seleção

Antes de se inscrever, informações como documentos necessários para a inscrição e quais os custos cobertos pelas agências que concedem as bolsas estão no site no programa. E o estudante mais interessado pode acompanhar o processo de seleção e tirar dúvidas até que saia o resultado.

"Depois que o aluno se inscreve para o programa, seu pedido é encaminhado para um representante do CsF na universidade em que o estudante está matriculado, para que seja verificado se ele tem participação em programas de iniciação científica e premiações em concursos de ciência e tecnologia, o que certamente pode favorecê-lo", afirma Emerson Willer, coordenador substituto da coordenação bilateral do CNPq.

Ele recomenda entrar em contato com os representantes do programa nas universidades, para tirar eventuais dúvidas e acompanhar o processo de seleção. Questões como acomodações, valores dos auxílios e aconselhamentos práticos sobre o dia a dia no país de destino podem ser esclarecidas com esses representantes.


Fonte: noticias.terra.com.br/educacao

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