segunda-feira, 23 de julho de 2012

Traduções de Títulos de Filmes


Raramente é feita a tradução literal de títulos de filmes do Inglês para o Português. Para as distribuidoras de filmes, a adpatação dos títulos aproxima o filme do seu público. Eles concordam que filmes são parte da arte do país que o produziu, mas adicionam que cada país tem sua própria cultura e ponto de vista.


Assim, eles tentam ligar o título original em Inglês a expressões que são comuns no Brasil e que atendam a propósitos comerciais. Por este lado a adaptação é justa, contudo, às vezes, a falta de criatividade é grande e a adaptação acaba sendo algo bizarro ou até mesmo misterioso. Cabe ressaltar que os novos títulos escolhidos são sempre enviados à empresa que produziu o filme no exterior e, em alguns casos, até mesmo para o diretor, para a aprovação. Na tabela abaixo encontram-se alguns títulos de filmes traduzidos do Inglês para o Português. Faça seu próprio julgamento com relação às adaptações!



Título em Inglês - Título em Português - Tradução literal


AirplaneApertem os cintos... O piloto sumiu - Avião

Angel's Heart - Coração SatânicoCoração de Angel (nome do personagem)

Basic - Violação de Conduta - Básico

Basic Instint - Instinto Fatal  - Instinto Básico

Because I said So - Minha mãe quer que eu case - Porque eu disse

Birth - Reencarnação  -Nascimento

City by the Sea - O Último Suspeito - Cidade à Beira Mar

Don't Say a Word - Nem uma PalavraNão Diga uma Palavra

Epic Movie - Deu a Louca em Hollywood - Filme Épico

Flesh + Blood - Amor e SangueCarne e Sangue

Giant - Assim Caminha a HumanidadeGigante

Head in the CloudsTrês Vidas e um Destino - Cabeça nas Nuvens

Head of State - Um Pobretão na Casa Branca  -O Cabeça do Estado

Home AloneEsqueceram de Mim - Sozinho em Casa

I Could Never Be Your Woman - Nunca é Tarde para Amar - Eu Nunca Poderia Ser Sua Mulher

In & Out - Será que ele é?  -Dentro e Fora

Jaws - Tubarão - Mandíbulas

Joe's Apartment - Joe e as Baratas - O Apartamento de Joe

Lost in Translation - Encontros e Desencontros  - Perdido na Tradução

Lost Souls - Dominação - Almas Perdidas

Meet the ParentsEntrando numa Fria - Conheça os Pais

Monster's Ball - A Última Ceia - Baile dos Monstros

My Girl - Meu Primeiro Amor - Minha Garota

Mystic River - Sobre Meninos e LobosRio Místico

NorthO Anjo da Guarda - Norte

Ocean's Eleven - Onze Homens e um Segredo - Os Onze de Ocean (nome do personagem)

One Hour Photo - Retratos de uma Obsessão - Foto em uma Hora

Power - Os Donos do Poder  - Poder

Saw -Jogos Mortais - Serra

Scary Movie - Todo Mundo em Pânico - Filme Assustador

Scream - Pânico - Grito

Shallow Hal - O Amor é Cego - Hal Superficial (Hal é o nome do personagem)

Shane - Os Brutos Também Amam  - Shane (nome do personagem)

The Bachelor - Procura-se uma NoivaO Solteiro

The Believer -Tolerância Zero - O Crente (aquele que crê, acredita)

The Dream TeamDe Médico e Louco Todo Mundo Tem um Pouco - O Time dos Sonhos

The Fan - Estranha Obsessão  -O Fã

The Godfather - O Poderoso Chefão - O Padrinho

The Golden Child - O Rapto do Menino Dourado - A Criança Dourada

The Good NightSonhando Acordado  -A Noite Boa

The Graduate - A Primeira Noite de um Homem - O Graduado

The Green Mile - À Espera de um Milagre - A Milha Verde

The Hangover - Se Beber, Não Case! - A Ressaca

The Holiday - O Amor Não Tira FériasAs Férias

The Italian Job - Uma Saída de Mestre  - O Trabalho Italiano

The Sound of Music - A Noviça RebeldeO Som da Música

The Transporter - Carga ExplosivaO Transportador

The Tuxedo - O Terno de 2 Bilhões de Dólares - O Terno

Torque - Fúria em Duas Rodas - Torque

Very Bad Things - Uma Loucura de Casamento - Coisas Muito Ruins




Traduções com subtítulos


Alguns títulos de filmes permanecem quase os mesmos que o original. Quase porque, muitas vezes, é acrescentado a eles um subtítulo. Muitos dos subtítulos caracterizam um personagem, explicam um pouco do que se trata o filme ou apenas repetem o título novamente. Confira abaixo algumas traduções com subtítulos.



Título em Inglês / Título em Português

Alfie / Alfie - O Sedutor

All That Jazz  / All That Jazz - O Show Deve Continuar

Babe / Babe, o Porquinho Atrapalhado

Be Cool / Be Cool - O Outro Nome do Jogo

Billy Bathgate / Billy Bathgate - O Mundo a Seus Pés

Blade Runner / Blade Runner - O Caçador de Andróides

Bonnie and Clyde / Bonnie and Clyde - Uma Rajada de Balas

Carrie / Carrie - A estranha

Christine / Christine - O Carro Assassino

Closer / Closer - Perto Demais

Confidence / Confidence - O Golpe Perfeito

Crash / Crash - No Limite

Crossroads / Crossroads - Amigas para Sempre

Dirty Dancing / Dirty Dancing - Ritmo Quente

Duets / Duets - Vem Cantar Comigo

Erin Brockovich / Erin Brockovich - Uma Mulher de Talento

Eurotrip / Eurotrip - Passaporte Para a Confusão

Footloose / Footloose - Ritmo Louco

Forrest Gump / Forrest Gump - O Contador de Histórias

Ghost / Ghost - Do Outro Lado da Vida

Glitter  / Glitter - O Brilho de uma Estrela

Grease / Grease - Nos Tempos da Brilhantina

Green Card  / Green Card - Passaporte para o Amor

Happy Feet / Happy Feet - O Pinguim

Hitch  / Hitch - Conselheiro Amoroso

Hook  / Hook - A Volta do Capitão Gancho

Jurassic Park / Jurassic Park - Parque dos Dinossauros

K-Pax  / K-Pax - O Caminho da Luz

Match Point  / Match Point - Ponto Final

Patch Adams / Patch Adams - O Amor é Contagioso

Pulp Fiction / Pulp Fiction - Tempo de Violência

Seven  / Seven - Os Sete Crimes Capitais

Shine / Shine - Brilhante

Sleepers  / Sleepers - A Vingança Adormecida

Sommersby  / Sommersby - O retorno de um Estranho

Snatch  / Snatch - Porcos e Diamantes

Sunshine / Sunshine - Alerta Solar

Taxi Driver / Taxi Driver - Motorista de Táxi

The Hurricane / Hurricane - O Furacão





Fonte: www.solinguainglesa.com.br

Formar profissionais em idiomas estrangeiros para atender grandes eventos é desafio do país


De acordo com a pesquisadora em aprendizado e bilinguismo Nara Vidal, a inexistência de levantamentos ou bibliografia sobre o tema indica o atraso em debater a questão de forma ampla.


Formar profissionais que dominem idiomas estrangeiros – especialmente o inglês – para atender a turistas, empresários, jornalistas, esportistas e representantes de delegações internacionais durante a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 é um desafio. Não há dados oficiais disponíveis que confirmem o déficit de pessoas que falem inglês no Brasil, mas os próprios estrangeiros no país confirmam que têm certa dificuldade para se comunicar.

De acordo com a pesquisadora em aprendizado e bilinguismo Nara Vidal, a inexistência de levantamentos ou bibliografia sobre o tema indica o atraso em debater a questão de forma ampla. “É extremamente difícil encontrar dados. Fontes informais indicam que apenas 10% da população brasileira falam inglês. E essa informação é bastante problemática e difícil de analisar, porque falar inglês é um conceito complexo. Há aqueles que sabem um pouco, sabem muito, são fluentes. Enfim, 5%, 10% ou 30%, seja o que for, não temos nem metade da população brasileira falando inglês”, informou Nara.

A Agência Brasil falou com a enfermeira canadense Celine Purcell, 28 anos, em visita ao Brasil pela segunda vez, sobre a sua percepção da qualidade do inglês quando um estrangeiro é recebido no país. Para ela, é possível entender os brasileiros e se comunicar de forma simples. Celine explicou, no entanto, que não sente segurança para resolver problemas mais complexos, que poderiam envolver a necessidade de vocabulário mais avançado e fluência.

“Pedir uma refeição ou pegar um táxi não é problema. Ainda não passei por grandes dificuldades aqui, mas acredito que se precisasse comprar um remédio, explicar um sintoma no hospital ou me envolvesse em algum problema com a polícia, não conseguiria ser compreendida ou compreender de forma satisfatória”, disse.


Ao perceber a necessidade de os funcionários se comunicarem melhor para incrementar os negócios, Malu Farkuh, dona de uma lanchonete no Mercado Municipal de São Paulo, permitiu que três atendentes cursassem aulas de inglês pelo Programa É a Língua Que Nos Une, da prefeitura da cidade, em parceria com a São Paulo Turismo (SPTuris) e a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). “Elas não saíram falando inglês fluente, mas conseguem se comunicar com os clientes de fora e tem sido positivo. Inclusive, agora vão fazer o curso de espanhol”, disse Malu.

A funcionária dela, Maria de Lourdes Bezerra, 52 anos, se formou em abril pelo programa e foi oradora da turma de 13 alunos. Segundo Maria de Lourdes, falando inglês, as vendas aumentam e a satisfação dos clientes também. "Agora, posso oferecer mais coisas, antes a gente só ficava apontando. A partir do momento em que a gente fala inglês, muda o tratamento dos clientes em relação à gente. Se eles queriam comer uma coisa, já comem duas, querem experimentar e ficam curiosos”, explicou. Lourdes teve 40 aulas, de nível básico e instrumental, com foco em situações específicas do cotidiano do trabalho.

O mesmo fez a taxista Débora Boltolozi, 34 anos, que participou do Taxista Nota 10, que teve até o início deste ano mais de 11,3 mil inscritos. O curso de idiomas, oferecido gratuitamente pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), em parceria com o Serviço Social do Transporte (Sest), o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat) e ao Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), é feito a distância para facilitar o acesso dos taxistas. As aulas são em CDs, com apostilas específicas.

“Fizemos eu, meu marido, minha irmã e meu cunhado. Dá uma base boa porque é dirigido à profissão. Foram três meses de curso, então dá pra ir se virando. Com o tempo, vou me soltando. O que vale é a prática”, explicou Débora.

“Esses profissionais são os responsáveis por dar as boas-vindas a quem chega nas cidades e precisam estar preparados para isso. Nossa expectativa é que eles estejam cada vez mais preparados para gerenciar seus negócios e se tornarem um autêntico cartão de visita das cidades brasileiras, não só durante os grandes eventos, mas em todas as ocasiões em que o Brasil recebe turistas”, disse à Agência Brasil o presidente da CNT e do Sest-Senat, senador Clésio Andrade (PMDB-MG).

O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), em parceria com o Ministério do Turismo (MTur), também oferece oito cursos de idiomas – inglês, espanhol e Língua Brasileira de Sinais (Libras) –, com mais de 7,9 mil vagas nos estados-sede da Copa do Mundo (Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo). No Rio e em São Paulo, já há turmas formadas.

Esses cursos estão no âmbito do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), especificamente do Pronatec/Copa, criado em 2001. As aulas são gratuitas e as inscrições para o segundo semestre deste ano podem ser feitas pela internet. De acordo com o Mtur, a prioridade é dada às cidades-sede da Copa das Confederações, em 2013. Os cursos são gratuitos e presenciais.

“Muito se fala em inclusão social. Inclusão social é não privar o aluno de baixa renda de se inserir no mercado de trabalho e nas relações sociais por causa da língua, ou da falta dela. Inglês é a completa inclusão social. Ainda é um privilégio de poucos, considerado elitista, o que não pode ser. O inglês precisa ser ferramenta disponível a todos, desde cedo, para a melhor formação profissional do cidadão brasileiro”, disse Nara Vidal.

Fonte: www.portaleducacao.com.br



Intercâmbio atrai público mais velho que quer aprender novas línguas


Foi-se o tempo em que aprender uma língua no exterior era coisa de jovens. Esse tipo de curso tem atraído muita gente que já passou dos 50 anos.

Aprender uma língua estrangeira deixou de ser uma preocupação só dos jovens. Aumentou a procura por intercâmbios por um pessoal bem mais experiente.

Foi-se o tempo em que aprender uma língua no exterior era coisa de jovens estudantes ou em início de carreira. Esse tipo de curso tem atraído muita gente que já passou dos 50 anos e não conseguiu realizar esse desejo antes.

Só no ano passado, uma agência de São Paulo mandou mais de mil estudantes nessa faixa etária para outros países.

Foi depois de uma viagem à Inglaterra que a empresária Márcia Marsulo decidiu aprimorar o inglês. Ela já estava com mais de 50 anos, mas tinha certeza que isso era o que menos importava. Voltou a estudar e acabou embarcando para um intercambio em Toronto, no Canadá.

E depois da experiência: “Eu percebi que eu consegui entender, ouvir, nossa aquilo lá era fabuloso. Entender, eu estou em um país estranho e eu estou entendendo tudo que o pessoal está falando, que beleza. Valeu a pena o curso”, conta.

Filhos criados, situação financeira mais estável e vontade de continuar aprendendo têm levando homens e mulheres mais maduros a embarcar em um intercâmbio, programa que durante décadas foi destinado a jovens.

No último ano, só uma agência levou ao exterior mil estudantes na faixa dos 50, 60 anos de idade.

“Hoje em dia é mais fácil, dá para parcelar, você consegue ir com mais facilidade. Em relação a visto também está um pouco mais facilitado, dependendo do destino”, conta a gerente e consultora Karina Sousa.

As próximas férias do engenheiro Cícero Ferreira Batista vão ser assim: passeio e sala de aula. Para corrigir uma falha no currículo, ele acaba de fechar um programa de intercâmbio para o Canadá. Escolheu uma cidade pequena, onde espera encontrar menos brasileiros e ter mais oportunidade de deslanchar no inglês.

“Eu tenho a expectativa de viver até os 120 anos e enquanto eu viver eu quero aprender. E acredito que ter o idioma vai facilitar muito o aprendizado e poder interagir com as pessoas”, diz.

Márcia gostou tanto da experiência que já está programando um novo curso. Acha que, depois dos 50, a vida tem outra graça.

“A gente tem mais cabeça, é mais maduro, aproveita todos os minutos, usa aquele tempo que você tem com muita propriedade, com qualidade. E isso que é importante”, afirma.

Espanha, Itália, França, Estados Unidos e Canadá estão entre os países mais procurados por esse público mais velho. Que além de aprender uma nova língua, ainda aproveita para fazer cursos de dança, degustação de vinho e de história da arte em grandes museus.



Fonte: globo.com




Impulsione sua carreira falando um idioma estrangeiro


Aprender outra língua pode trazer inúmeras oportunidades para sua carreira e vida pessoal. Confira os benefícios de falar um idioma estrangeiro.



Aprender um idioma novo, seja ele espanhol ou mandarim, traz diversos benefícios para sua carreira e vida pessoal. Além de abrir as portas para oportunidades de trabalho no exterior, falar mais de uma língua é uma das habilidades mais requisitadas na sociedade atual. Se você ainda não aprendeu um idioma estrangeiro ou não quer perder a motivação nos estudos da língua, veja os benefícios que essa habilidade pode trazer para você:


Exercitar o cérebro

Aprender um novo idioma funciona como uma musculação para o cérebro. Você passa a aprimorar suas habilidades de gramática na própria língua nativa, já que os exercícios e lições fazem com que você relacione aquilo que já entende do assunto.



Intercâmbio

Se você deseja aprender ou aprimorar um idioma novo, uma ótima oportunidade são intercâmbios para países que falam essa língua. A Universia Brasil possui várias dicas, bolsas e outras oportunidades se você deseja fazer um intercâmbio, confira aqui.




Oportunidades de carreira

Não há dúvidas nesse aspecto. Falar um ou mais idiomas estrangeiros faz toda a diferença para ser bem-sucedido profissionalmente. Essa habilidade tem se tornado cada vez mais essencial em praticamente todas as áreas de ocupação. Veja como:

- Mundo Acadêmico: Professores e pesquisadores estão sempre viajando para outros países em conferências, palestras e para compartilhar pesquisas.


- Negócios: Esteja você em administração, economia ou marketing, a comunicação com pessoas do mundo todo é essencial para os negócios atualmente.


- Comunicação: Trabalhando na TV, Rádio, Internet ou meios impressos toda habilidade de comunicação é valiosa.


- Turismo: A indústria do turismo oferece diversas oportunidades para quem tem um ou mais idiomas estrangeiros. Quanto mais línguas você falar, melhores as chances de carreira nessa área.


Como você pode perceber, falar um idioma estrangeiro traz diversos benefícios tanto para sua carreira, quanto para seus objetivos pessoais. As possibilidades são inúmeras, então veja qual será a língua de sua escolha e bons estudos!



Fonte: universia.com.br




Estudo de idioma para Olimpíada e Copa exige planejamento imediato


Aulas voltadas apenas à conversação, comuns quando se quer acelerar o aprendizado, não seriam a melhor alternativa.


A Copa do Mundo, em 2014, e a Olimpíada, em 2016, vão colocar o Brasil no roteiro de milhares de turistas. Durante os eventos, cidades-sede e regiões próximas entrarão em uma força-tarefa para atender às necessidades de pessoas ávidas por informações e dicas sobre a melhor hospedagem, os pratos mais saborosos e os pontos turísticos que merecem uma visita. Entre os maiores empecilhos, no entanto, está o idioma.

Faltando apenas dois anos para o primeiro evento, o maior obstáculo para aqueles que não têm conhecimento de outra língua é justamente o tempo. Para a coordenadora pedagógica do curso de idiomas da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Janette Carvalhinho de Oliveira, quem deseja ir além do português precisa de, no mínimo, três anos de aulas. "Assim, estará entre básico e intermediário. O ideal seria estudar quatro anos, para estar mais bem preparado", afirma.

Aulas voltadas apenas à conversação, comuns quando se quer acelerar o aprendizado, não seriam a melhor alternativa. "Ninguém fala uma língua sem saber gramática. Se não conhecer a estrutura, não vai saber falar. Mas também não é possível aprender apenas com base nas regras, pois a prática também é importante. Deve haver um equilíbrio", recomenda a professora.

Segundo ela, pessoas com conhecimento intermediário podem deixar para pegar os livros e apostilas até um ano antes dos eventos. "Aí, é hora de revisar tudo o que esqueceu e treinar conversação em situações reais", aconselha. Outra dica é conhecer os pontos turísticos e suas características, o que pode ser útil para instruir ou passar informações aos turistas.

No Rio de Janeiro, cidade-sede da Olimpíada de 2016, crianças e adolescentes também já estão tendo aulas de inglês desde 2010. Segundo a Empresa Olímpica Municipal (EOM), organização responsável pelo projeto, até 2014, todos os 530 mil alunos do 1º ao 9º ano do ensino fundamental das 1.066 escolas municipais serão atendidos.


Cursos voltados para profissionais

Pensando em quem estará trabalhando nesse período, algumas escolas de idioma já lançaram cursos específicos para capacitar profissionais. "Temos um curso recomendado para profissionais como taxistas, telefonistas, garçons, camareiras e pessoas relacionadas a outras funções de serviço e suporte", diz Lilian Forlani, gerente de marketing do Yázigi. Durante as aulas, os alunos aprendem a interagir com turistas, a compreender pedidos e a respondê-los adequadamente, além de dar informações, indicar pontos turísticos, prestar primeiros socorros e solucionar problemas.


Procura menor fora de Rio-São Paulo

Inglês e espanhol são os carros-chefes dos cursos de idiomas. Contudo, para os eventos esportivos, quando turistas de diversas partes do mundo desembarcam por aqui, a necessidade é diferente: além do tradicional, deve crescer a procura por profissionais com conhecimento em outras línguas.

Na busca por diferenciação, o interesse por línguas como o japonês também vem crescendo. No entanto, segundo o chefe do departamento de japonês do Kumon, André Pantarotto, o panorama pode não estar relacionado apenas à Copa do Mundo e à Olimpíada. "Crianças e jovens buscam o japonês por outros motivos. O foco nos eventos esportivos é maior no caso de adultos, inclusive já tivemos alunos que precisavam aprender o idioma para melhorar seu desempenho com turistas", diz.

Além da proximidade dos eventos que vão atrair milhares de turistas - estima-se que, em tempo de competições, cerca de 100 mil japoneses desembarquem no Brasil -, a febre do mangá (quadrinhos) e anime (ilustrações) tem motivado os mais jovens. "Aprender japonês permite ter acesso a um leque de informações muito grande, tanto por meio impresso quanto virtualmente. Mesmo sem ir ao Japão, torna-se possível o contato com literatura acadêmica e de especialização profissional. O país oferece muitas bolsas de estudo e, nesses casos, o idioma é muito importante. É interessante acadêmica e profissionalmente", destaca Pantarotto.

Contudo, para Ronaldo Ribas, coordenador de idiomas e cursos de extensão da Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi), em Manaus (AM), esse interesse por outras línguas ainda não surgiu - ao menos não com relação à Copa e à Olimpíada. O inglês, diz ele, continua sendo o número um. "Acredito que isso esteja relacionado ao fato de que ainda não sabemos qual delegação ficará hospedada em que cidade. Por conta disso, não há como direcionar o foco ao ensino de uma língua, o que pode explicar a procura pelo inglês", destaca.

Ribas acredita que a divulgação dos destinos das delegações vai facilitar a preparação dos profissionais. "Por enquanto, o que percebemos em relação a movimentação em torno de eventos esportivos são cursos voltados a policiais militares, motoristas de táxi e profissionais do turismo", diz.

Da mesma forma, a professora Maria Cláudia Bido diz ainda não ter observado aumento no número de matrículas no Unilínguas, centro de idiomas da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), em São Leopoldo. A coordenadora geral da instituição acredita que a maioria das pessoas ainda não percebeu os eventos como possibilidade de trabalho. "Deve haver vagas tanto para cargos que exigem mais ou menos qualificação. Mas todos eles vão exigir uma segunda língua.

Independente da função do contratado, ele pode ser ver em situações em que vai precisar dar informações, recepcionar pessoas, ajudar alguém. Já existe procura por parte de profissionais ligados a serviços de apoio e área da saúde, mas ainda é uma movimentação muito tímida", diz.

Por isso, aos interessados em desfrutar da diversidade cultural garantida para a época dos eventos, a recomendação é se programar. Com muita prática, vai ficar mais fácil aproveitar ao máximo esse período de intercâmbio sem sair do nosso País.



Fonte: www.portaleducacao.com.br