sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

FALTA DE INGLÊS AINDA PREJUDICA AS CARREIRAS DOS BRASILEIROS


Este cenário retrata a realidade atual dos profissionais brasileiros, em todos os setores e segmentos.




Em apenas 10 anos subiu para 87% o número de estrangeiros vivendo no país, totalizando 286,5 mil pessoas, segundo o IBGE. Mesmo assim, O Brasil ainda é um dos lugares do mundo em que uma parcela pequena da população sabe se comunicar em inglês.

Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que em apenas 10 anos subiu para 87% o número de estrangeiros vivendo no país, totalizando 286,5 mil pessoas. A comparação é feita com o estudo realizado em 2000, que registrava aproximadamente 143,6 mil imigrantes vivendo em terras brasileiras.

Dentre os destinos mais procurados – por causa da boa infraestrutura que oferecem – estão São Paulo, Paraná e Minas Gerais que, juntos, receberam mais da metade dos estrangeiros neste período. Boa parte pouco conhece a língua portuguesa.


E como anda a comunicação dos brasileiros em inglês?

Mesmo com este crescimento de visitantes internacionais, ainda somos um dos países do mundo em que uma parcela pequena da população sabe se comunicar em inglês.

Um estudo online, realizado em 2011 pela Catho, mostra que dos 46 mil internautas profissionais brasileiros que responderam a pesquisa, apenas 11% afirmam conseguir falar efetivamente em inglês, sem dificuldades.

Este cenário retrata a realidade atual dos profissionais brasileiros, em todos os setores e segmentos. Nesses 30 anos que ensino idiomas e a cultura americana, passei, e ainda passo, por situações em que me surpreendo com o nível de fluência da língua inglesa de executivos que me procuram para avaliações. Em muitos casos a bagagem técnica e acadêmica é repleta de certificados de MBAs e cursos extracurriculares.

No entanto, quando chega a "hora do inglês" observo que o domínio do idioma nem sempre reflete a imagem deles. Estes, que muitas vezes, ocupam altos cargos em empresas nacionais e multinacionais e tem a carreira ameaçada pela falta do inglês.

Em qual momento os profissionais deixaram de dar atenção a um requisito tão básico em dias globais, como é o conhecimento fluente da língua inglesa?



Muitos são os fatores, dentre eles, está o adiamento do aprendizado do idioma por questões financeiras, enxergando a comunicação da língua universal como última prioridade da formação profissional. Realmente, boas instituições e bons profissionais custam caro. Um professor de alto gabarito em grandes centros cobra, em média, R$ 200,00/hora. E o mínimo recomendado para se manter a fluência da língua está na média de 2h semanais de estudos.

As consequências geradas por escolhas, no passado, de metodologias pouco apropriadas ao perfil psicopedagógico do aluno geram bloqueio psicológico permanente, e que deve ser trabalhado. Caso isso não seja feito, ele é desestimulado a procurar por um curso que atenda suas reais necessidades.

O importante é saber que o estudo de inglês pode ser comparado a um tratamento médico. Tomar remédio de uma vez não sanará o problema. É preciso seguir horários e doses certas para o remédio. Uma boa escola pode e deve determinar a frequência e a dose para cada aluno. O estudo para a prática também é permanente.

Uma pessoa com fluência jamais deixa de estudar. Imagine-se em uma academia. O que acontece se você abandoná-la? Em pouco tempo você estará enferrujado, fora de forma. É da mesma maneira que mantemos o nosso idioma em dia!

Também há casos em que esses alunos, mesmo orientados por bons profissionais, não levam o curso com tanto afinco como fariam com uma especialização em suas áreas. É outro grande erro cometido por quem "quer" aprender inglês – porque nem sempre o "querer" significa "precisar".

Por fim, meu conselho é para que procurem escolas ou profissionais que possam diagnosticar e tratar da forma mais adequada o seu conhecimento do idioma. Quem domina o inglês tem mais oportunidades.


Fonte: administradores.com.br



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